Os probióticos são definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) como “microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde dos hospedeiros”.

Muitos estudos têm sido feitos para se avaliar o uso de probióticos no tratamento de doenças inflamatórias intestinais (DII), como retocolite ulcerativa (RCU) e a doença de Crohn (DC) – doenças crônicas de causa ainda desconhecida.

A RCU acomete a mucosa do cólon e do reto, enquanto a DC pode atingir toda a parede intestinal em diferentes regiões, desde a boca até o ânus, com predileção pela região ileocecal.  

As lesões no trato gastrointestinal ocasionadas por estas doenças podem levar a quadros sérios de diarreia e  desnutrição do paciente.  Percebemos que muitos pacientes perdem peso durante a ocorrência das DIIs, o que leva a algum grau de comprometimento nutricional.

Probióticos

O uso de probióticos nas DIIs  tem sido estudado como uma possível forma de equilibrar a microbiota intestinal, contribuir com a terapia medicamentosa e manter a remissão da doença. Esse tema é bastante relevante, pois a incidência das doenças inflamatórias intestinais vem aumentando nos últimos.

As lesões no trato gastrointestinal ocasionadas por estas doenças podem levar a quadros sérios de diarreia e  desnutrição do paciente.  Percebemos que muitos pacientes perdem peso durante a ocorrência das DIIs, o que leva a algum grau de comprometimento nutricional.

Pesquisas

Um estudo realizado no Hospital das Clínicas de Campinas investigou os efeitos da modulação da microbiota intestinal de pacientes com DC pela suplementação oral das bactérias Lactobacillus casei e Bifidobacterium breve. Os resultados apontam para redução da ocorrência de diarreia, assim como melhora do estado nutricional.

Segundo a pesquisa,  o controle verificado na diminuição do número de evacuações com uso do probiótico trouxe secundariamente um ganho significativo em vários aspectos nutricionais, sem que houvesse interferência nos hábitos alimentares destes pacientes.

Já um estudo de revisão sobre probióticos e doença de Crohn mostrou que, apesar dos incontáveis benefícios comprovados dos probióticos no tratamento para a DC, ainda não há um consenso em relação à recomendação do uso destes em seres humanos. Portanto, precisamos,ainda, de mais pesquisas sobre esse tema.