O Instituto Nacional de Câncer estima para cada ano do triênio de 2020-2022, 20.540 casos de câncer de cólon e reto em homens e 20.470 em mulheres.
Já há algum tempo esta é uma das neoplasias malignas mais incidentes na população brasileira.
Mas tenho observado uma mudança nos últimos anos – um aumento no número de adultos jovens que têm recebido o diagnóstico da doença em diversos países, inclusive no Brasil. Esse é um dos motivos pelos quais a idade recomendada para iniciar os exames de rastreio (colonoscopia) ser 45 anos e não mais 50 anos.
Pesquisas
Uma das causas desse aumento pode estar no consumo de açúcar. Um estudo realizado por cientistas nos Estados Unidos mostra que o consumo de bebidas açucaradas pode aumentar em até 40% o risco de câncer colorretal.
A pesquisa avaliou quase 100 mil enfermeiras, em um período de quase 25 anos. Os resultados indicam que o consumo regular das bebidas com adição de açúcar, na idade adulta e na adolescência, pode ser associado a um maior risco de as mulheres desenvolverem tumores de intestino mais precocemente (principalmente para quem bebe mais de 250 ml destes produtos por semana).
A Organização Pan-Americana da Saúde já divulgou um documento defendendo ações efetivas para evitar o consumo excessivo de açúcar. No Brasil diversas avaliações já procuraram mostrar os efeitos prejudiciais do excesso de consumo de refrigerantes, chás, energéticos e sucos de caixinha.
Outros estudos relacionam o açúcar ao desenvolvimento de tumores. Uma pesquisa realizada na França e publicada no periódico BMJ indicou que o consumo de bebidas açucaradas estava associado ao câncer de maneira geral, especialmente as neoplasias de mama.
Vale lembrar que a Sociedade Americana de Oncologia recomenda redução no consumo de açúcar, pois esse ingrediente contribui para o aumento da obesidade, afeta os níveis de insulina e outros hormônios, o que pode aumentar o risco de desenvolver alguns tipos de tumor.
hormônios, o que pode aumentar o risco de desenvolver alguns tipos de tumor.
Referência