O câncer colorretal hereditário ocorre devido a mutações genéticas, ou seja, alterações permanentes na sequência de DNA.
Cerca de 4% a 15% dos tumores colorretais são hereditários e os mais comuns são o câncer colorretal hereditário não polipóide (Síndrome de Lynch) e a polipose adenomatosa familiar.
Síndrome de Lynch
Aumenta em até 80% a chance de uma pessoa vir a desenvolver câncer colorretal. É causada por alterações em genes específicos – a maioria das mutações ocorre nos genes MSH2 (50%) e MLH1 (40%). Esses genes ajudam a reparar danos que ocorrem no DNA e as alterações atrapalham seu funcionamento. Dessa forma, ocorre a aceleração do processo de divisão e multiplicação de células com erros, o que aumenta muito o risco de surgimento de tumores.
É uma condição rara e causa de 2 a 3% dos casos de câncer colorretal. Pessoas que têm a síndrome de Lynch devem passar por uma colonoscopia a cada 1 a 2 anos para acompanhamento.
Polipose Adenomatosa Familiar
É causada por mutações nos gene APC. Pessoas com essa síndrome começam a desenvolver pólipos intestinais bem cedo, às vezes até na infância ou adolescência.
Podem se formar centenas de pólipos no intestino grosso. Eles começam benignos, mas após vários anos alguns podem se tornar malignos (adenocarcinoma).
Prevenção
No caso da Síndrome de Lynch é grande a chance de o indivíduo desenvolver câncer colorretal ao longo da vida. Por isso, a colonoscopia é indicada a partir dos 20-25 anos. A partir dos 40 exame deve ser anual.
Pessoas com Polipose Adenomatosa Familiar também têm chances bastante aumentadas, por isso uma cirurgia (colectomia profilática) pode ser feita após a confirmação do diagnóstico. Exames de rastreamento também são indicados.
Fique atento se ocorrer algum caso familiar de câncer colorretal antes dos 50 anos!