Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) têm cura? Esta é a pergunta que a maioria dos pacientes fazem quando recebem um diagnóstico de Retocolite Ulcerativa (RCU) ou doença de Crohn (DC).
A Doença Inflamatória Intestinal não tem cura, infelizmente. Porém existem tratamentos para controlar a doença e diminuir ou até acabar com os sintomas.
O que é remissão?
Tratamentos modernos, que a cada dia se tornam mais eficientes, e capazes de levar a um processo de remissão – período com melhora dos sintomas.
Chamamos de remissão clínica a ausência de sintomas e de remissão profunda ou “clareamento da doença” a remissão clínica acrescida da normalização dos exames de laboratório e endoscópicos. Esse processo varia de acordo com o quadro clínico de cada paciente e o tratamento realizado.
Esteja certo, a remissão profunda e a melhoria da saúde e da qualidade de vida dos pacientes são os objetivos que buscamos durante todo o tratamento. Mas, mesmo em caso de remissão, é indispensável a continuidade do acompanhamento médico e de um estilo de vida saudável, ativo e com dieta balanceada.
Remissão sustentada
Outro fator decisivo: o diagnóstico precoce poderá evitar a piora do quadro e a necessidade de intervenções mais delicadas. Além disso, é fundamental que médico e paciente tomem decisões compartilhadas para obter uma maior adesão ao tratamento e para que os resultados sejam mais rápidos e efetivos.
Muitas pesquisas e estudos são realizados em todo o mundo acerca das DIIs, evidenciando a importância de se buscar uma remissão sustentada, tanto no caso da doença de Crohn, quanto na retocolite ulcerativa, para que se possa prevenir a incapacidade física e a lesão intestinal. Assim, poderemos evitar cirurgias e oferecer melhor qualidade de vida, reduzindo o sofrimento dos pacientes e permitindo que tenham melhores expectativas de vida.
Doença de Crohn e Retocolite
A diferenciação entre doença ativa e em remissão pode ser feita com base no Índice de Harvey-Bradshaw (IHB) e por meio da análise histológica das biópsias da mucosa intestinal, sendo que a identificação da doença em seu estágio inicial e o encaminhamento ágil para um tratamento especializado leva a um melhor resultado terapêutico. Também recomenda-se a realização de exames de imagem, pois a cicatrização da mucosa é que irá levar à remissão profunda. A cicatrização endoscópica irá favorecer a remissão profunda e reduzir o risco de cirurgia e complicações.
A remissão também pode ser verificada por marcadores sanguíneos, fecais e, futuramente, moleculares (citocinas).