DOENÇAS INTESTINAIS
QUEIXAS MAIS COMUNS
DIARREIA
A diarréia ocorre quando há aumento do número de evacuações e perda de consistência das fezes, que se tornam amolecidas. Ela pode ser aguda (episódios de 14 a 21 dias) ou crônica (persistente, dura por cerca de 3 a 4 semanas).
Existem inúmeras doenças ou situações capazes de provocar diarreia. No entanto, a maior parte dos quadros agudos tem origem infecciosa, ou seja, é uma reação do organismo contra bactérias, vírus, parasitas e toxinas. Os agentes podem ser transmitidos por bebida ou comida contaminada, ou de pessoa para pessoa, por hábitos inadequados de higiene. Algumas doenças como Síndrome do Intestino Irritável, Doenças Inflamatórias Intestinais e intolerâncias alimentares também podem desencadear quadros de diarreia.
A diarreia requer investigação clínica, sobretudo quando for persistente. O tratamento varia de acordo com o diagnóstico. Se necessário, o paciente deverá fazer uso de medicamentos associado à ingestão de soro caseiro, de líquidos e a uma dieta que ajude a devolver os nutrientes que o corpo eliminou. Também podem ser avaliados tratamentos específicos, no caso de Doenças Inflamatórias Intestinais.
CONSTIPAÇÃO
A constipação intestinal, também conhecida como prisão de ventre, é um problema muito comum. Geralmente o funcionamento do intestino varia de três evacuações por dia até uma evacuação a cada três dias. Se você está evacuando a cada quatro ou mais dias, provavelmente tem constipação. Outro critério é o esforço evacuatório. Ou seja, a necessidade de fazer muita força para evacuar.
Para quem sofre com o problema, o ideal é procurar ajuda médica para uma avaliação mais aprofundada. As principais causas da constipação costumam ser alimentação pobre em fibras, falta de hidratação e sedentarismo. Síndrome do Intestino Irritável, diabetes e problemas hormonais também podem causar esse problema.
O bom funcionamento intestinal depende de três elementos inseparáveis: a ingestão de líquidos, o consumo de fibras e a prática de atividade física. A regularidade da atividade intestinal só é adequada quando estes três fatores são atendidos. As fibras auxiliam na formação do bolo fecal e, em conjunto com a quantidade de líquido ingerido e a atividade física, são responsáveis por estimular a atividade muscular intestinal
SANGRAMENTO PELO ÂNUS
Diversas doenças podem desencadear o sangramento anal. Essa condição precisa ser investigada por um coloproctologista, pois o sangramento pode ser sinal de alerta de um problema mais grave, como um tumor maligno.
A boa notícia é que essa não é a causa mais frequente. Muitos outros problemas de saúde podem estar associados ao sangramento no ânus. Os mais comuns são a presença de hemorróidas e fissuras anais que costumam aparecer em pessoas com prisão de ventre, já que as fezes ficam mais ressecadas e endurecidas, dificultando sua eliminação.
Conheça as causas mais comuns de sangramento pelo ânus:
- Hemorróidas
- Câncer do cólon
- Fissura anal
- Doença diverticular
- Vasos sanguíneos alterados
- Pólipos intestinais
- Colite isquêmica
- Doenças inflamatórias intestinais
DOR ANAL
A dor anal é um sintoma que precisa ser observado e tratado. Pode ocorrer antes, durante ou após a defecação. Pode ser passageira ou duradoura, leve ou intensa. As causas variam muito e é preciso buscar ajuda de um coloproctologista se a dor for persistente, ou se vier acompanhada de febre ou sangramento.
Causas mais comuns:
- Hemorróidas
- Fissuras, fístulas e abcessos
- Infecções Sexualmente Transmissíveis, como a clamídia, gonorreia ou herpes
- Câncer anal ou retal
- Doenças Inflamatórias intestinais
Outra doença que causa dor intensa na região anal é a proctalgia fugaz, também conhecida como síndrome do levantador. O problema se deve a uma contração involuntária do músculo levantador do ânus. Normalmente essa dor não está associada à defecação, ocorre mais à noite e é mais comum em mulheres. Não se sabe exatamente o que causa essa contração muscular, mas o problema não é grave, nem apresenta riscos à saúde.O incômodo maior é mesmo a dor, sendo possível aliviá-la com analgésicos, banhos de assento e fisioterapia da pelve.