Você já ouviu falar em estresse oxidativo? Trata-se de um excesso das espécies reativas a oxigênio (como os radicais livres e outras moléculas) que têm sido relacionadas a uma série de doenças.
Um artigo na revista Cancer Cell discute a correlação entre estresse oxidativo e câncer, mostrando como altos níveis de espécies reativas a oxigênio (ROS, da sigla em inglês) influenciam a evolução dessa doença.
Vemos que os radicais livres desempenham um papel complexo e dinâmico no desenvolvimento do câncer, sendo que o entendimento dos mecanismos envolvidos na resposta ao estresse oxidativo pode abrir novas possibilidades para o diagnóstico e o desenvolvimento de novos tratamentos.
Mas qual seria a influência do estresse oxidativo no desenvolvimento do câncer colorretal e em sua evolução?
Estudos têm demonstrado que a diminuição do estresse oxidativo intestinal previne o desenvolvimento do câncer de cólon. No entanto, são necessárias pesquisas que investiguem com mais clareza os mecanismos de ação e identifiquem possíveis alvos-terapêuticos.
Metástase
Sabemos que a metástase é a principal causa de mortalidade relacionada ao câncer colorretal, sendo que todo o processo de alterações genéticas pode ser intensificado pelo estresse oxidativo causado pelos radicais livres (principais responsáveis pelas metástases).
Por isso é tão importante o esclarecimento desse processo no tecido intestinal. Além disso, é fundamental estabelecer condutas terapêuticas que previnam este progresso, reduzindo a incidência de metástase e, consequentemente, de mortalidade.
Antioxidantes
Abordagens relacionadas à diminuição do estresse oxidativo têm apresentado resultados promissores na prevenção do câncer de cólon e das metástases.
Alguns estudos apontam que alterações na alimentação ou inserção de substâncias antioxidantes específicas (como os flavonóides, por exemplo) têm potencial para inibir o desenvolvimento tumoral. Entretanto, aqui também são necessários estudos mais aprofundados sobre a ação de substâncias antioxidantes.
Recomendações
Considerando-se o fator alimentação, é importante que os pacientes adotem hábitos de vida saudáveis, como uma alimentação equilibrada, rica em frutas, verduras e cereais integrais, que são fontes de antioxidantes e fibras.
Além disso, são também recomendados: a prática regular de atividade física, que pode reduzir o estresse e melhorar a função intestinal; e a cessação do tabagismo e do consumo excessivo de álcool, que são fatores de risco para o câncer colorretal.