DOENÇAS INTESTINAIS
Endometriose Intestinal
A endometriose é uma doença inflamatória crônica. Fragmentos do endométrio (tecido que reveste internamente o útero) podem se deslocar para ovário, tubas, peritônio, bexiga, intestino, apêndice, ureter, entre outros órgãos.
Com a chegada da menstruação esse tecido irá crescer e descamar junto com o endométrio que reveste o útero, mesmo estando fora de sua localização original. Assim, ocorre um sangramento menstrual no órgão atingido todos os meses. Esse sangramento provoca inflamação local. Com isso, a mulher sente cólicas, dores e desconfortos. Por causa da obstrução das tubas uterinas, a gravidez pode se tornar difícil na mulher com endometriose.
Sintomas
Quando a endometriose é intestinal, pode causar, ainda, dor ao evacuar, diarreia ou prisão de ventre, especialmente durante o período menstrual. A endometriose intestinal pode ser atingir superficialmente sua parede externa (serosa) ou invadir profundamente sua parede, podendo estreitar sua luz. Ocorre com mais frequência no reto, seguido pelo cólon sigmóide, apêndice e intestino delgado.
Tratamento
O tratamento inclui anti-inflamatórios para alívio da dor e terapia hormonal em uso contínuo. O uso de anticoncepcionais (combinados ou apenas progesterona) reduz os sangramentos e a dor em mais de 80% dos casos. É recomendado que esse bloqueio ocorra até a menopausa ou até o início da tentativa de gestação, caso seja o objetivo da paciente.
Já a cirurgia será indicada quando a mulher apresenta sintomas graves, mesmo após o bloqueio hormonal ou após duas tentativas de fertilização in vitro, sem sucesso. Existem diversas técnicas cirúrgicas e a definição parte de uma análise das condições de cada paciente. Uma abordagem moderna que pode ser aplicada é a cirurgia robótica, que é menos invasiva e permite visualizar, diagnosticar e remover com precisão o tecido endometrial.