Existem muitas razões pelas quais devemos evitar o consumo de alimentos processados e ultraprocessados. Uma delas é que não sabemos exatamente as substâncias adicionadas a esses alimentos.
Alguns nomes e códigos acabam por ocultar substâncias danosas à saúde.
A carragena é um exemplo. A substância é utilizada como espessante e pode estar presente na composição de sorvetes, achocolatados, sobremesas que contenham leite, bebidas de soja, molhos prontos, sopas e comidas congeladas.
Pesquisas
Desde a década de 80, estudos têm sugerido que o aumento da exposição à carragena pode provocar efeitos indesejáveis à saúde, como o agravamento da inflamação intestinal, colite, resistência insulínica, diabetes e até mesmo câncer.
É importante que você saiba que a indústria alimentícia utiliza algumas substâncias com o objetivo de melhorar a aparência ou o tempo de conservação dos alimentos. Por isso, tenha especial atenção com o rótulo dos alimentos.
INS 407
A carragena é um aditivo alimentar, sem valor nutricional, extraído de algas vermelhas (Chondrus crispus), classificado como INS 407. Do ponto de vista químico, é um polissacarídeo formado por moléculas repetitivas de açúcar galactose ligadas ao enxofre.
Existem diferentes tipos de carragena, de acordo com sua capacidade de formar uma solução espessa ou géis. Na indústria de alimentos, estabiliza e deixa mais palatáveis alguns laticínios, derivados de carne e sopas em lata.
Apesar de autorizada por entidades como a FDA, a forma degradada ou poligeenano não é aprovada em alimentos, pois causa câncer e inflamação crônica em animais de laboratório.
Riscos
Um artigo de revisão publicado recentemente (2021), aponta para forte interação entre a carragena, a pepsina e a tripsina. Como consequência, teríamos desordens intestinais e desequilíbrios nutricionais. Os autores sugerem evitar alimentos contendo carragena para crianças e adultos com algum tipo de fragilidade ou distúrbio intestinal.
Portanto, é importante estar ciente dos alimentos que contêm carragena e considerar limitar seu consumo. Consultar um profissional de saúde é sempre recomendado para avaliar os riscos individuais