O câncer colorretal é o terceiro mais comum no mundo. Muitos estudos foram e são feitos para identificar os fatores de risco, as causas e os fatores protetivos para esse tipo de câncer.

Um dos fatores de risco apontados nas pesquisas é o consumo de carne vermelha. Estudos indicam uma forte relação entre esse tipo de câncer em pessoas que possuem uma ingestão significativa desse alimento. 

Carne vermelha

Mas o que se considera carne vermelha? De acordo com a Agência Internacional para a Pesquisa sobre o Câncer (IARC), subordinada à Organização Mundial da Saúde (OMS) considera-se carne vermelha os tipos provenientes dos tecidos musculares de mamíferos, incluindo a carne bovina, suína, ovina, equina e caprina.

Estudo de revisão

A OMS baseou-se em um estudo de revisão realizado pelo IARC que considerou 800 estudos científicos sobre a relação entre carne vermelha e câncer. Esse estudo foi preparado por 22 especialistas de 10 países diferentes. Tendo como base o nível de evidências científicas acumulado nos últimos anos, a OMS emitiu um relatório que estabelece o seguinte: 

  • As carnes vermelhas processadas foram classificadas como carcinogênicas do grupo I do IACR.
  • As carnes vermelhas não processadas foram classificadas no grupo 2A, que significa dizer que os estudos científicos sugerem fortemente que essas carnes sejam um fator de risco para o câncer de intestino. No entanto, são necessários mais estudos para confirmar com precisão.

Diante disso, precisamos evitar ao máximo as carnes processadas, pois já se sabe com certeza que elas causam câncer. Para quem não sabe, carnes processadas são todas aquelas modificadas industrialmente. Elas passam por diversos processos – como defumação, adição de sal, conservantes, corantes e outras substâncias químicas. 

Quanto à carne vermelha in natura, recomendo o consumo moderado, diante das fortes evidências apresentadas pelas pesquisas.