Ileostomia e colostomia são procedimentos que salvam vidas! Para quem não conhece, a estomia é a comunicação do intestino delgado ou grosso na parede abdominal. Há um desvio do caminho natural das fezes.
Ambas as cirurgias são propostas quando o paciente tem algum problema que o impede de evacuar pelo ânus ou quando a passagem das fezes pelo intestino grosso é impedida por algum motivo, seja um câncer colorretal, doenças inflamatórias intestinais, doença de Chagas ou, ainda, pessoas que sofreram acidentes ou traumas. Sem a estomia, os quadros de muitos pacientes não teriam solução.
Diferenças
A principal diferença entre a colostomia e a ileostomia é o local onde a cirurgia é feita. As duas são ostomias intestinais para eliminar as fezes, porém o local do estoma é diferente. A colostomia é feita a partir do cólon (intestino grosso), enquanto a ileostomia é feita a partir do íleo (intestino delgado).
Outro ponto que diferencia esses dois procedimentos é a consistência das fezes. Na colostomia, a consistência das fezes pode variar dependendo da parte do cólon onde o estoma é feito. Já na ileostomia, as fezes costumam sair mais líquidas e ácidas do que aquelas eliminadas por uma colostomia.
Adaptação
Após uma colostomia ou ileostomia ocorre uma alteração anatômica importante no corpo e o paciente tem uma nova realidade diante de si. Será preciso uma adaptação às novas condições.
Os pacientes reagem de formas diferentes diante da estomia. Existem muitos cuidados que podem ser ensinados para que se possa ter uma vida normal, em sociedade. Profissionais de saúde, como enfermeiros, têm um papel muito importante nessa fase de adaptação.
Em alguns casos o amparo psicológico, por meio de terapeutas ou psiquiátricos, se fará necessário.
Vulnerabilidade
Estudos mostram que pessoas ostomizadas podem se sentir perdidas, com sentimentos difusos. As mudanças corporais demandam uma série de cuidados e alterações na vida diária e na sociabilidade dos pacientes. Com isso, pessoas ostomizadas poderão estar mais vulneráveis à depressão, ao medo e ao isolamento social. A questão laboral é outro aspecto a ser observado com cuidado.
Sabemos que o câncer colorretal está entre as principais causas da cirurgia que cria o estoma. Os números mostram que a incidência do câncer colorretal aumenta a cada ano e, consequentemente, o número de #estomias também. A melhor forma de evitar o câncer do intestino ou colorretal continua sendo a prevenção! Por isso, aproveite para colocar seus exames em dia, especialmente se tiver mais de 45 anos. Busque um proctologista e faça uma colonoscopia. Cuide bem do seu intestino!