Pólipos intestinais são causados por um crescimento celular anormal. São semelhantes a verrugas e podem surgir nas paredes do cólon ou do reto. 

Muitos pacientes me perguntam: pólipos intestinais podem virar câncer? Podem sim! O pólipo intestinal é um tumor benigno muito comum (calcula-se que eles ocorram entre 15 e 20% da população).

Eles podem se dividir entre pólipos adenomatosos ou não adenomatosos. Os pólipos intestinais adenomatosos têm mais chances de se tornarem lesões malignas do que os não adenomatosos. Por este motivo é tão importante a remoção dos pólipos, com a finalidade de prevenir o câncer. Em média, leva 10 anos entre o surgimento do pólipo e a sua transformação em tumor maligno.

Risco

Pólipos intestinais surgem como resultado de mutações dos cromossomos de algumas células da mucosa, fazendo com que elas cresçam de maneira anormal. Estudos apontam que a idade é um fator de risco para o aparecimento de pólipos, sendo maior a incidência dessas alterações (mutações) após os 50 anos. Também há um maior risco de mutações quando existem casos de câncer colorretal na família.

Sintomas

A maioria dos pólipos é assintomática. Quando há sintomas, o mais frequente é o sangramento retal. Um pólipo grande pode causar cólicas, dores abdominais e obstrução.

Diagnóstico

Diferentes exames – endoscópicos ou radiológicos – podem detectar pólipos intestinais. 

Entre os exames endoscópicos temos  a retossigmoidoscopia rígida, a retossigmoidoscopia flexível e colonoscopia. O exame radiológico  que pode detectar pólipos é o enema baritado (clister opaco). 

A pesquisa de sangue oculto nas fezes também pode ser útil para selecionar pacientes candidatos aos exames completos.

A colonoscopia tem sido o exame mais utilizado pois detecta e permite a remoção dos pólipos intestinais ainda em fase inicial, prevenindo o surgimento do câncer. Por isso, é tão importante consultar-se com um coloproctologista de sua confiança e realizar a colonoscopia preventiva a partir de 45 anos.

Depois da remoção o reaparecimento de pólipos não é comum, mas pode ocorrer. Também podem surgir novos pólipos em locais diferentes, o que ocorre em cerca de 30% dos indivíduos, o que reforça a necessidade de acompanhamento nesses casos.