O HPV (papiloma vírus humano) pode provocar a formação de verrugas na pele, nos lábios, na boca, nas regiões anal, genital e na uretra. As lesões genitais podem ser de alto risco, porque são precursoras de tumores malignos.

Além do câncer do colo do útero, outro tipo de tumor bastante relacionado ao HPV é o #cânceranal. É um tipo de tumor altamente curável quando diagnosticado em estágio inicial.

O problema é que percebemos um aumento considerável dos casos de câncer anal durante as últimas décadas.

Estatísticas

As estimativas de novos casos não estão atualizadas no Brasil. No entanto, o levantamento do Atlas de Mortalidade por Câncer do Instituto Nacional do Câncer (INCA – 2019), mostra 893 mortes, sendo 393 homens e 500 mulheres.

Os números são bem menores que os de outros tipos de tumores, mas não podemos deixar a prevenção de lado, pois a incidência está aumentando, especialmente em mulheres.

O #cânceranal pode ser confundido com outras doenças. 

Os sintomas incluem sangramento e dor anal, especialmente durante a evacuação. É mais comum em pessoas com mais de 50 anos, que durante a vida praticaram sexo anal ou que estão infectadas pelo vírus do Papiloma Humano – HPV ou HIV.

Cirurgia

O tratamento inicial é feito com radioterapia e quimioterapia. Entretanto, nos casos onde não há resposta ou há recidiva da doença, indica-se a cirurgia.

Nos casos de câncer avançado uma intervenção cirúrgica pode ser necessária, fechando a abertura anal e desviando o intestino para outra saída, uma bolsa de colostomia. 

Para pessoas estão entre os grupos de risco para contrair o HPV anal recomendamos a consulta ao proctologista pelo menos uma vez ao ano para que seja avaliada a região exterior do canal anal e se realize uma anuscopia, exame que verifica uma parte interna do ânus, permitindo a localização de lesões ocasionadas pelo vírus.

É possível a prevenção com uso de preservativos durante a relação sexual e com a vacinação.