Um procedimento bastante utilizado no tratamento da #retocoliteulcerativa é a cirurgia do reservatório ileal (ou proctocolectomia com reservatório ileal e anastomose anal).
É uma das opções mais aceitas pelos pacientes, pois não há necessidade de uso permanente da bolsa de ostomia.
Nova estrutura
O procedimento geralmente é feito em duas fases. Na primeira cirurgia, o cólon e o reto são removidos, mas os músculos do ânus e do esfíncter anal são preservados.
O íleo é puxado para baixo e conectado ao ânus, como se fosse uma bolsa. Essa bolsa pode ter a forma de um J, S ou W, sendo que a forma de J é a mais utilizada.
Essa nova estrutura precisa de tempo para cicatrizar. Por isso, realizamos uma ileostomia temporária para desviar as fezes. E durante um período o paciente precisa utilizar uma bolsa de ostomia externa .
Inflamação
A complicação mais comum da cirurgia do reservatório ileal é a #bolsite. É uma inflamação dessa bolsa e ocorre em até 50% dos pacientes, geralmente nos dois primeiros anos após a cirurgia. Os principais sintomas são diarreia, cólica abdominal, aumento da frequência das fezes, febre, desidratação e dores articulares. A condição é tratada com antibiótico prescrito por um médico.
Quando o paciente relata mudanças no hábito intestinal, dores ou sangue nas fezes, o médico já costuma suspeitar de #bolsite, pois é uma complicação bem comum!
Para ter certeza de que não existem outros problemas, como infecção intestinal ou doença de Crohn, serão necessários exames, principalmente a endoscopia. Esse exame nos permite ver a extensão e o tipo da inflamação.
Apesar dessa complicação, a bolsa ileal em J ainda é uma técnica que apresenta muitas vantagens. Por isso, os pacientes precisam ser bem informados!
Se você tiver alguma dúvida sobre a #bolsite ou outras complicações da cirurgia de remoção do intestino, deixe aqui nos comentários!