A cirurgia robótica é a técnica minimamente invasiva mais moderna que temos hoje. O cirurgião tem uma excelente visão para realizar a cirurgia, além de contar com movimentos precisos dos braços robóticos.

No Brasil, o primeiro uso da cirurgia robótica ocorreu em 2000. Gradativamente, esse procedimento se expandiu para diversas áreas, como urologia, ginecologia, coloproctologia, entre outras.

É uma realidade cada vez mais próxima dos pacientes e nos próximos 20 anos, a perspectiva é que a robótica seja incorporada ao dia a dia dos hospitais. A tendência é que o número dos procedimentos cresça e que novos tipos de plataformas cheguem ao mercado. Com isso, o custo para a população tende a cair, ampliando o acesso.

Coloproctologia

Em coloproctologia a robótica atua em tratamentos relacionados a patologias do intestino grosso, do reto e do ânus. Alguns exemplos: retirada de linfonodos; cirurgia para retirada total ou parcial do cólon (colectomia); cirurgia para tratamento do câncer colorretal.

Mesmo estando cada vez mais próxima dos pacientes, a robótica ainda é desconhecida para a maioria da população. Por isso muitos mitos persistem.

Diante das dúvidas, vou esclarecer para vocês  5 mitos da cirurgia robótica na coloproctologia.

  • 1. O robô opera sozinho

É o cirurgião quem controla e conecta os braços robóticos a pinças, tesoura e câmera. Ou seja, o robô não opera sozinho. A plataforma responde aos comandos do cirurgião.

  • 2. Os resultados da cirurgia robótica são sempre melhores

Não existe uma regra, pois os resultados de uma cirurgia não dependem exclusivamente da plataforma ou equipamentos utilizados. É preciso considerar o estado de saúde de cada paciente e como ele responderá ao procedimento, habilidades do cirurgião, anestesia, materiais médicos, entre outros.

  • 3. Em caso de falta de energia a cirurgia será suspensa

#Mito! O equipamento robótico tem capacidade de se manter ativo por aproximadamente dez minutos, mesmo sem energia elétrica. Caso a falta de energia persista, é possível passar para uma cirurgia laparoscópica sem prejudicar o paciente.

  • 4. Todos procedimentos em coloproctologia podem ser tratados por meio da cirurgia robótica

Não é verdade, precisa existir uma necessidade, uma indicação médica. Além disso, temos exemplos de cirurgias que ainda não podem ser feitas por meio da robótica, como é o caso da cirurgia para hemorroidas.

  • 5. Idosos não podem se submeter a cirurgia robótica

Estudos já atestaram que idosos e obesos tiveram vantagem por serem operados com auxílio do robô. Em geral, foi constatado que eles têm menos dor, recuperação mais rápida. Além disso há menos dificuldade técnica para o cirurgião do que em outras abordagens cirúrgicas