A retocolite ulcerativa (RCU) é uma doença inflamatória intestinal crônica que afeta principalmente a camada mucosa do cólon e reto.

Os pacientes têm episódios de inflamação que podem ocasionar sintomas como diarreia, dor abdominal, urgência evacuatória e sangramento anal.

A  RCU pode ter um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes, assim é essencial tratar a doença, sendo que um tratamento adequado irá controlar os sintomas, levar à remissão, além de prevenir complicações.

É importante ressaltar que o tratamento da RCU é individualizado, levando em consideração a gravidade da doença, a resposta aos tratamentos anteriores e a presença de complicações.

Mas sempre temos como objetivos principais: obter a remissão e mantê-la para melhorar a qualidade de vida do paciente.

Existem abordagens terapêuticas muito eficazes disponíveis que têm a capacidade de gerenciar sua colite ulcerativa, levando à remissão. Esses tratamentos funcionam minimizando a inflamação no revestimento do cólon, o que facilita a recuperação do tecido e contribui para o alívio de sintomas como diarreia, sangramento retal e dor abdominal.

Tratamentos

Em geral, o tratamento começa com a administração de aminossalicilatos, como a sulfasalazina e a mesalazina, que ajudam a reduzir a inflamação no cólon. Em casos de atividade leve a moderada da doença, esses medicamentos podem ser eficazes tanto para induzir a remissão quanto para mantê-la.

Quando os pacientes não respondem adequadamente aos aminossalicilatos ou apresentam doença moderada a grave, corticosteroides como a hidrocortisona e a prednisona podem ser prescritos para controlar a inflamação aguda. No entanto, devido aos efeitos colaterais a longo prazo, os corticosteroides não são recomendados para uso contínuo.

Para pacientes que necessitam de um controle mais prolongado da doença, imunossupressores como a azatioprina e a 6-mercaptopurina podem ser utilizados. Esses medicamentos ajudam a reduzir a atividade do sistema imunológico e são úteis na manutenção da remissão.

Além disso, as terapias biológicas, que incluem agentes como o Infliximabe, Golimumabe, Vedolizumabe e Ustequinumabe, representam uma opção importante para pacientes com RCU moderada a grave, especialmente aqueles que não responderam a outros tratamentos. Esses medicamentos atuam bloqueando proteínas específicas do sistema imunológico que causam inflamação.

A maioria das pessoas com retocolite ulcerativa responde bem ao tratamento médico e é

possível que nunca tenham que se submeter a uma intervenção cirúrgica.  Estudos indicam, entretanto, que entre 25% e 33% dos pacientes podem precisar de um procedimento cirúrgico em algum momento.

A colectomia, que é a remoção total ou parcial do cólon, pode ser necessária para pacientes que não melhoram ou que apresentam risco de câncer. Outros casos nos quais a cirurgia é necessária:  sangramento severo de ulcerações profundas, perfuração  do intestino e megacólon tóxico.

É importante destacar que o acompanhamento médico regular, seja com coloproctologista ou  com um gastroenterologista e uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir nutricionistas e psicólogos, é essencial para o manejo eficaz da doença.